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Mato Grosso celebra conquista histórica em Paris com reconhecimento do Brasil como livre de febre aftosa sem vacinação

Presidente da Famato, Vilmondes Tomain, e o vice-presidente, Amarildo Merotti, acompanharam de perto esse momento memorável na capital sa
Por: Vaia Costa (Fotos: CNA)
Fonte: Ascom Famato
O Brasil acaba de conquistar um marco histórico para sua pecuária: o reconhecimento internacional como país livre de febre aftosa sem vacinação. A decisão foi anunciada nesta quinta-feira (29/05) durante a 92ª Assembleia da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), em Paris, e representa um avanço estratégico na valorização da carne brasileira no mercado global. O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Vilmondes Tomain, e o vice-presidente, Amarildo Merotti, acompanharam de perto esse momento memorável na capital sa.
Com um rebanho de aproximadamente 32 milhões de cabeças de gado, Mato Grosso tem papel protagonista nessa conquista. O estado seguiu rigorosamente todas as diretrizes do Plano Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA), contribuindo com um sistema robusto de vigilância, controle e compromisso dos produtores rurais. A certificação, concedida pela OMSA, reconhece não apenas o fim da vacinação contra a doença, mas também a competência técnica e a responsabilidade coletiva dos envolvidos na cadeia produtiva.
Para o presidente da Famato, Vilmondes Tomain, o reconhecimento é motivo de orgulho para o agro brasileiro. “Estamos vivendo um momento histórico. A sanidade do nosso rebanho é resultado de décadas de trabalho sério, do comprometimento dos pecuaristas, das federações, dos sindicatos rurais e de todos que integram o setor produtivo. Esse novo status coloca o Brasil em outro patamar e abre as portas para mercados mais exigentes e valorizados. Mato Grosso fez a lição de casa e hoje colhe os frutos dessa confiança internacional”, destacou Tomain.

O processo de retirada da vacinação, iniciado há mais de 10 anos, contou com a participação ativa das entidades representativas, técnicos e produtores. Em Mato Grosso, a equipe gestora do PNEFA trabalhou de forma integrada e estratégica, garantindo o cumprimento de todos os critérios estabelecidos pela OMSA, inclusive a realização de estudos soroepidemiológicos que comprovaram a ausência de circulação do vírus no território.
O vice-presidente da Famato, Amarildo Merotti, reforçou a importância dessa vitória coletiva. “É uma conquista de todos: produtores, técnicos, colaboradores, veterinários e instituições. Mato Grosso mostrou mais uma vez sua força e responsabilidade com a sanidade animal. Essa certificação é um aporte para a pecuária do futuro – mais competitiva, valorizada e reconhecida mundialmente. Seguiremos vigilantes, atentos e comprometidos com a qualidade e a segurança dos nossos produtos”, afirmou Merotti.
Mais de 244 milhões de bovinos e bubalinos em cerca de 3,2 milhões de propriedades em todo o Brasil deixaram de ser vacinados contra a febre aftosa. A última ocorrência da doença foi registrada em 2006. Desde então, o país avançou gradualmente na formação de zonas livres, até alcançar o reconhecimento total agora concedido.
Apesar da suspensão da vacinação, o Brasil manterá rígidas ações de vigilância sanitária. Para a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), os pecuaristas continuam sendo peças-chave no processo de monitoramento e devem seguir atentos às orientações do Serviço Veterinário Oficial (SVO).

A entrega oficial do certificado será realizada na próxima semana, em Paris, pela presidente da OMSA, Emmanuelle Soubeyran, ao governo brasileiro. O documento será um símbolo do esforço conjunto entre setor público e privado para elevar ainda mais o padrão da produção animal brasileira.
Com o novo status, o Brasil espera conquistar o o a mercados como Japão e Coreia do Sul, agregando valor à produção e ampliando a presença da carne brasileira no cenário internacional.
“Mais do que um certificado, é o reconhecimento da excelência do nosso agro. É a vitória da competência, da união e da persistência dos nossos produtores”, finalizou Vilmondes Tomain.