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Dia de Campo em Colinas destaca avanços do Projeto Forrageiras para o Semiárido

Iniciativa une ciência e pesquisa à atividade produtiva e apresenta soluções viáveis e sustentáveis para a produção consorciada entre lavoura e pecuária
Por: Raquel Araújo
Fonte: SENAR MA
Colinas (MA) - A segunda edição do Dia de Campo do Projeto Forrageiras para o Semiárido – Fase 2, realizada neste sábado (17), na Fazenda Serra Negra, em Colinas (MA), reuniu produtores rurais, técnicos, estudantes e lideranças do setor agropecuário. O evento apresentou os resultados mais recentes da Unidade de Referência Tecnológica (URT) instalada no município, uma das que compõem o projeto coordenado pelo Instituto CNA (ICNA) com atuação nos estados do Nordeste e no norte de Minas Gerais.
Com a presença da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Maranhão (Faema), do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), da Embrapa, do Instituto Federal do Maranhão (IFMA) e de autoridades locais, o evento reforçou o potencial de transformação da pecuária maranhense a partir da adoção de tecnologias adaptadas ao Semiárido.
“Essa última fase do projeto Forrageiras para o Semiárido é remanescente da fase 1, onde testamos 30 espécies forrageiras, incluindo gramíneas perenes e anuais, arbóreas leguminosas e palma forrageira. Trouxemos agora o componente planta junto com o componente animal, avaliando as duas vertentes dentro de um sistema”, explicou Alenilda Carvalho, consultora de campo do ICNA.
Além das estações tecnológicas e demonstrações de resultados mais significativos, o evento promoveu o intercâmbio entre produtores, técnicos e pesquisadores. “A unidade está montada para estudar possibilidades adaptadas à região. Foram testadas forrageiras para a época chuvosa, seca, com suplemento e sem suplemento. Um verdadeiro show de tecnologias no campo, com inovação aberta, feita dentro das propriedades. Essa troca de informações é muito rica”, afirmou Marcos Bonfim, chefe-geral da Embrapa Maranhão.
Para o presidente da Faema, Raimundo Coelho, a sinergia entre instituições é o que garante o sucesso da iniciativa.
“O envolvimento do setor produtivo com a academia, com a Embrapa e outros Institutos de Pesquisa enriquece nosso trabalho. Nós, do Senar, nascemos para fazer a transferência de tecnologia. Esse é o nosso papel. Essa engenharia é a que dá certo”, afirmou.
A unidade anfitriã, conduzida pelo produtor rural José Henrique Brandão, é uma das que vêm apresentando avanços expressivos na adoção de práticas sustentáveis de manejo e nutrição animal. “Para o produtor rural essa é uma parceria fundamental, pois nos ajuda a fazer escolhas mais assertivas, garantir a qualidade da nossa produção, com eficiência técnica e econômica”, comemorou.
O evento também contou com a participação do prefeito de Colinas, que ressaltou o papel da gestão pública no apoio ao agro local. “Um evento muito produtivo, com ensinamentos que, tenho certeza, vão qualificar ainda mais os profissionais aqui em Colinas. Como gestor municipal estou aqui para apoiar também o agronegócio”, declarou.
Com resultados concretos em produtividade, adaptabilidade e eficiência do sistema, a Fase 2 fortalece o caminho para a continuidade do projeto.
Segundo Alenilda Carvalho, a articulação para uma possível Fase 3 já está em curso, sendo avaliada pelo ICNA, com apoio das federações e instituições parceiras.