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Com apoio do Senar/MT, produtor de Santo Afonso aumenta em 54% a capacidade do rebanho

Vida de Gilson dos Santos Silva começou a mudar a partir do momento em que ele conheceu a Assistência Técnica e Gerencial
Por: José Pereira
Fonte: Assessoria de Comunicação do Sistema Famato
No município de Santo Afonso, a rotina do produtor rural Gilson dos Santos Silva começou a mudar a partir do momento em que ele conheceu a Assistência Técnica e Gerencial em Bovinocultura de Corte oferecida pelo Senar/MT. Em pouco mais de um ano, o sítio União que antes mantinha 86 animais ou a comportar 136, um salto de 54% na capacidade de e.
A propriedade da família Silva tem 45 hectares de pastagem com solo arenoso e nascente ao redor. Há mais de duas décadas, Gilson e seus filhos vivem da pecuária de corte. Sempre com os pés no chão, o produtor sabia que dava para melhorar, mas precisava de planejamento, segurança e alternativas que não exigissem grandes investimentos.
A solução veio de um vizinho. Foi ele quem comentou sobre o trabalho do Senar/MT na região. Gilson se interessou e entrou em contato com o técnico credenciado Celso Manoel de Lima Junior, que hoje acompanha toda a evolução da propriedade. A primeira visita foi em dezembro de 2023. A partir dali, começou um trabalho de diagnóstico: levantamento das áreas de pasto, análise de solo, identificação dos pontos fracos e das potencialidades da terra.

“Eu queria produzir mais com a mesma área. E também ter uma estrutura melhor para os períodos de seca”, contou o produtor.
A primeira estratégia definida foi o plantio de milho para silagem. A ideia era garantir alimentação para o gado durante os meses mais secos, sem precisar vender parte do rebanho por falta de pasto. Ao mesmo tempo, começou a reforma escalonada das pastagens, priorizando as mais degradadas.
Outra mudança importante foi no manejo. Gilson adotou alturas específicas de entrada e saída para cada tipo de capim, organizando o pastejo de forma rotacionada em seis piquetes. Também foi construída uma praça de alimentação central, de onde os animais am os cochos com silagem.
Durante esse processo, o Senar/MT orientou a coleta e análise do solo em toda a área. O diagnóstico indicou a necessidade de correção, mas o custo com adubo químico seria alto demais. A saída foi usar cama de frango como parte da adubação assim se tornando uma alternativa mais viável financeiramente e benéfica para o solo arenoso da propriedade. O resultado? Solo mais fértil e pasto com rebrota mais rápida.

“Com esse apoio, consegui organizar melhor tudo aqui dentro. Não precisei vender nenhum animal durante a seca. E ainda sobrou silagem para o início da chuva, o que ajudou muito na recuperação do pasto”, explicou Gilson.
Antes, o produtor complementava a renda fazendo serviços com seu maquinário para vizinhos. Hoje, ele começa a ver a chance de viver exclusivamente da atividade na própria terra. A meta agora é mudar de sistema: sair da cria e partir para a recria intensiva a pasto, buscando uma produção mais rentável por hectare ao ano.