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CNA e Ibama discutem temas ambientais de interesse do agro

O encontro buscou soluções quanto aos embargos ambientais e ações de combate ao fogo nas propriedades rurais
Brasília (21/05/2025) – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) se reuniu, na quarta (21), com o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, para discutir pautas específicas de interesse do setor agropecuário, como os embargos ambientais coletivos e o decreto sobre combate a incêndios.
Com o objetivo de buscar soluções para produtores que sofrem os embargos coletivos e seus efeitos restritivos, o vice-presidente da CNA, José Mário Schreiner, diretores e técnicos da Confederação apresentaram as preocupações dos produtores rurais quanto aos temas discutidos e como eles podem impactar o setor.
“É importante dialogar com instituições e órgãos que tratam das questões de interesse do agro. O que fizemos aqui foi discutir pautas do agro, assuntos de extrema importância para os produtores rurais que, sem dúvida, se sentem muitas vezes injustiçados com as ações do órgão ambiental,” afirmou Schreiner.
Como encaminhamento, o Ibama se comprometeu a revisar os casos de embargos infundados e propor mecanismos de transparência e ampla defesa nas ações.
A questão da necessidade de validação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) pelos estados também foi ressaltada. Segundo a CNA, a falta dessa validação por parte dos órgãos estaduais de meio ambiente tem impedido a devida regularização ambiental das propriedades rurais no país.
O diretor técnico da CNA, Bruno Lucchi, citou ações que a CNA faz nesse sentido, como o projeto RetifiCAR, que auxilia sindicatos rurais dos estados na retificação do CAR dos produtores para posterior validação do estado.
Rodrigo Agostinho reconheceu que a validação do CAR é um gargalo ambiental, mas frisou que a questão depende dos órgãos estaduais. O presidente do Ibama sugeriu parcerias entre as instituições para estruturar ações que atendam as demandas dos produtores rurais.
Marcelo Bertoni, presidente da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), também acompanhou a reunião e defendeu que a responsabilidade pelos incêndios, inclusive sua responsabilização, não seja imputada aos proprietários rurais.
A questão das ações de combate aos incêndios florestais também foi debatida, sendo que ações conjuntas de enfrentamento deverão ser discutidas nos próximos meses.
A reunião contou ainda com a participação do secretário Extraordinário de Controle dos Desmatamentos e Ordenamento Ambiental Territorial do Ministério do Meio Ambiente, André Lima, do diretor-geral do Senar, Daniel Carrara, além de técnicos, consultores e assessores da CNA e do Ibama.